ONU alerta que lojas em Gaza têm comida para quatro ou cinco dias

Os estabelecimentos comerciais da Faixa de Gaza têm comida para mais quatro ou cinco dias apenas, alertou nesta terça-feira (17) o Programa Mundial de Alimentos (PMA), enquanto prossegue o cerco do Exército israelense ao território palestino após o ataque do Hamas que desencadeou o conflito.

“Nas lojas, os estoques (de alimentos) são de apenas alguns dias, talvez quatro ou cinco dias”, afirmou a porta-voz do PMA, Abeer Etefa. Um acordo para a entrada de ajuda humanitária em Gaza continua travado.

“Para as lojas é extremamente difícil reabastecer os estoques, que ainda têm reservas de alimentos, mas estão na cidade de Gaza, no norte da Faixa”, explicou a porta-voz do programa de alimentos da ONU.

Israel declarou guerra contra o Hamas depois que o grupo islamita executou, a partir da Faixa de Gaza, uma ofensiva sem precedentes contra o território israelense em 7 de outubro, que deixou pelo menos 1.400 mortos, a maioria civis.

Desde então, a Faixa de Gaza – um território palestino estreito e superpopuloso governado pelo Hamas e que está sob bloqueio israelense – é bombardeado sem trégua por Israel. Os ataques deixaram pelo menos 2.750 mortos, a maioria civis.

Israel determinou que os moradores do norte de Gaza sigam para o sul do território e milhares de deslocados estão na passagem de fronteira de Rafah, com o Egito, o único acesso que não é controlado por Israel, com a esperança de fugir.

A passagem de Rafah está fechada, o que impede a entrada de ajuda humanitária. Um comboio com mantimentos, que aguardava no Sinai (Egito), seguiu nesta terça-feira para o acesso, apesar da fronteira bloqueada.

“Acredito que todos aguardam que possamos entrar”, disse Etefa, antes de destacar que as pessoas que precisam de ajuda estão “a poucos quilômetros”, mas não podem ter acesso à assistência.

Israel mata quatro homens armados que queriam entrar no país a partir do Líbano

O Exército de Israel matou quatro homens armados que tentavam entrar no país a partir do Líbano, informa um comunicado militar.

Os soldados “detectaram um esquadrão terrorista que tentava infiltrar-se através da barreira segurança com o Líbano e colocar um artefato explosivo”, afirma o comunicado.

“Quatro terroristas foram mortos”, acrescenta a nota.

O Exército informou durante a madrugada que bombardeou posições do Hezbollah no território libanês.

Desde o início da guerra provocada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, os confrontos na fronteira israelense-libanesa deixaram pelo menos 10 mortos do lado libanês, a maioria combatentes, além de um jornalista da agência de notícias Reuters e outros dois civis.

Do lado israelense, morreram pelo menos duas pessoas.

A agência nacional de notícias nacional libanesa (NNA) informou que áreas da fronteira sofreram bombardeios “contínuos” durante a noite.

Várias casas da localidade de Dhayra foram atingidas, o que provocou vítimas, segundo a agência, que não revelou a condição de saúde dos atingidos.

“O inimigo (Israel) utilizou bombas de fósforo e atacou civis”, afirmou a agência.

A ONG Human Rights Watch acusou na semana passada Israel de utilizar este tipo de bomba contra os integrantes do Hamas em Gaza e no sul do Líbano.

O Exército israelense nega as acusações.

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